sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

domingo, 24 de janeiro de 2021

Crônica do dia

 Olá, amores!

Minha última crônica de janeiro do site Crônica do dia. Não vou publicar em fevereiro. Volto dia 14 de março.

Bjs e leiam a crônica aqui 👇

http://www.cronicadodia.com.br/2021/01/aquela-esperanca-de-tudo-se-ajeitar.html?m=1


domingo, 17 de janeiro de 2021

TANTA SAUDADE >> Sandra Modesto




 Sempre que me lembro de Ana ela está bem ali. Esticada no sofá.  Sumida ao esfregar das coxas grossas impostas no corpo feito tela moderna.

Ana era assim. Aparecia às vezes. Debruçada em devaneios.

O meu amor por Ana. Os abraços. Passeios pelas praças. Gente no mesmo espaço. Cheiro de natureza.  Agora tá tudo forte.

Há histórias meio roucas ainda. Há histórias inesquecíveis. Pessoas diferentes.

Pela varanda da casa, eu observo os vizinhos. Bato palmas, reaprendi a sorrir.

Chamo Ana. Reencontros tão sonhados.

Ruas enlouquecidas com pessoas se olhando de perto.

Juventude pelos bares. Notícias novas. Sem demasia.

O caminhar é a pé. Vaidade é saúde.

Eu ainda estou aqui. Ana também.

Dançamos. Gritamos felicidade.

Pele, pernas, risos. E a gente pode gozar.




 Sempre que me lembro de Ana ela está bem ali. Esticada no sofá.  Sumida ao esfregar das coxas grossas impostas no corpo feito tela moderna.

Ana era assim. Aparecia às vezes. Debruçada em devaneios.

O meu amor por Ana. Os abraços. Passeios pelas praças. Gente no mesmo espaço. Cheiro de natureza.  Agora tá tudo forte.

Há histórias meio roucas ainda. Há histórias inesquecíveis. Pessoas diferentes.

Pela varanda da casa, eu observo os vizinhos. Bato palmas, reaprendi a sorrir.

Chamo Ana. Reencontros tão sonhados.

Ruas enlouquecidas com pessoas se olhando de perto.

Juventude pelos bares. Notícias novas. Sem demasia.

O caminhar é a pé. Vaidade é saúde.

Eu ainda estou aqui. Ana também.

Dançamos. Gritamos felicidade.

Pele, pernas, risos. E a gente pode gozar.

sábado, 9 de janeiro de 2021

CRUZAMENTOS >> Sandra Modesto


 










Estava sozinha e usava jeans com chinelos. Subindo a pé naquela rua, notou que lavavam o carro na calçada de uma casa. Esfregavam e enxaguavam juntos; as rodas, pneus, partes do fusca.

O portão estava bem aberto. Olhou cenas reais. Muitas pessoas em movimento. Uma mulher várias crianças um cachorro, cadeiras, plantas, conversas, risos. E a personagem principal. Uma senhora idosa, sentada em uma cadeira.  Usava um vestido florido, os cabelos e a pele denotando a passagem transformadora do tempo.

Gesticulava movimentos trêmulos, boca entreaberta, mas ao derredor, pessoas mais jovens consideravam a mais velha da casa, como parte de um todo. Escolheram não abandonar, não depositar no asilo, preferiram assim. A personagem à cadeira não entendia nada. Não sabia mais quem era quem, não sabia mais nem quem era ela. E daí?

A mulher que caminhava sozinha e usava jeans, era eu.

Enquanto andava fiquei me perguntando:

Será que tenho medo da morte ou tenho medo de morrer?

Vou morrer amanhã, domingo? Vou morrer...

Veio-me á memória musical; Gilberto Gil.

NÃO TENHO MEDO DA MORTE

“Não tenho medo da morte

Mas medo de morrer, sim.

A morte é depois de mim

Mas quem vai morrer sou eu

O derradeiro ato meu

E eu terei de estar presente

Assim como um presidente

Dando posse ao sucessor

Terei que morrer vivendo”

 (Texto do meu segundo livro: “Tudo em mim é prosa e rima”- Publicado em março de 2019. Autografia editora).

 


domingo, 3 de janeiro de 2021

Eu, meus dias e alguns fragmentos










Meu vizinho lindo de sete anos me contando sobre o porquinho que ele ganhou. Disse que o porquinho chora, relatou tudo sobre o porquinho enquanto eu estava colocando o lixo lá fora.

Durante essa quarentena minha rotina é procurar histórias vividas e vívidas do que eu vejo enquanto abro o portão pra colocar o lixo na lixeira da calçada.

Talvez eu tenha me tornado a senhora com a preocupação de não acumular o lixo. Separar o lixo, recolher cada parte do lixo, provar da vida o gostinho de ouvir as histórias do Deivid. O menino que corre pela calçada ás vezes numa bicicleta, ás vezes com dois carrinhos sorrindo pra mim e me contando alegrias. Tudo tão simples. Um menino preto, de sete anos que tem uma irmã e brinca com a irmã pela calçada. 

Pela casa de Deivid ao lado da minha, eu invento minha cerca de afetos. Ainda hoje procurei o Deivid pra saber as novidades da semana. Aproveitei um pouquinho do sol. 

Vou levando o caminhar diante desses dez meses nessa pandemia interminável.

Amanhã coloco o lixo lá fora. Três vezes por semana eu respiro vendo e ouvindo as novidades de um menino que não sabe nada do país atual. E essa senhora que se preocupa com o lixo esquece por alguns momentos, o peso dos quase sessenta anos.

Sandra Modesto

 #petiscosdedomingo

#cronicadedomingo #cronica

  Quarto turno Eu soube há pouco tempo a respeito de um campeonato de ioiô. Era uma tarde quase no final, mas o café esfriava, enquanto ...