Blog pessoal. Conteúdo literário com textos da autora e escritores de sua preferência. Dicas de livros, músicas, vídeos, projetos culturais. Resumindo: "Aqui tudo é arte"
domingo, 31 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
domingo, 24 de maio de 2020
Entrevista
No começo da quarentena >> Sandra Modesto
terça-feira, 19 de maio de 2020
RODA - GIGANTE E JOAQUIM >> Sandra Modesto
RODA-GIGANTE E JOAQUIM
Disseram
ao Joaquim que o amor viria acompanhado de muito dinheiro...
Que
o sol era grande e a vida pequena
A
inocência
Durava
pouco e a crueldade quem dera!
Que
o abandono era certo.
E
o sorriso efêmero...
Ao
Joaquim disseram ainda – que não acreditasse em sonhos pra não se
"ferrar"
Disseram
também
Neste dia – que as promessas nem sempre
venceriam a verdade.
Que
o doce do coco podia azedar. E que o chocolate sem calorias era então mentira.
Que
o sorveteiro (enfim) podia parar de gritar.
E
o telefone poderia "navegar" (...).
Disseram
– que o choro existiria mais que as estrelas.
Que
a dança seria separada dos rostos colados
O
rebolado dos corpos travaria luta com os tropeços das gentes.
Disseram
que o respeito humano,
O
beijo escondido,
O
abraço apertado;
Tudo,
tudo enfim seria transformado...
(A
experiência, a realidade, a verdade e a esperteza, os textos escritos).
O
tempo passou, a roda girou. Os dias desiguais.
A
voz, o som memorizando sonhos.
As
suas surpresas tinham lá suas razões. Ele ficou só por que
Todos
que habitaram sua consciência;
O
deixaram pra que ele vivesse o quanto pudesse.
Ele
meio tonto agora, ocupando um estranho espaço. Quanto espanto!
Mas
o ritmo da roda...
Foi
misturando tango, piano, guitarra, tamborins.
“A
vida é bizarra a vida tem fim”
Ele
pensou. Só tinha certeza:
O
que disseram a ele ficou carregado em solilóquio.
Eu acreditei... Lembranças não fariam parte de
mim.
Restou-
lhe então, pensar no agora...
Tirou
o pijama, abriu o chuveiro.
Fez
a barba aproveitando a água quente, Olhou-se no espelho, escovou os dentes...
Agendou dentista, reparou os fios grisalhos... Releu trechos de Drummond.
Enquanto tomava café sem açúcar, conferiu tarefas do dia pelo celular... Respondeu
e-mails disfarçando a solidão
Saudades
dos filhos.
Do
amor do passado. Antes de sair para o trabalho imaginou umas palavras.
Imagens
que nunca saíram de cena.
Abriu
o Word e fez um poema...
Começou
assim:
Joaquim...
* O texto autoral foi
escrito em 2013. É uma adaptação de uma das crônicas publicada no primeiro
livro da autora- em 2015.
Imagem: Pinterest.com
No solo do Brasil
Sai correndo para receber um dinheiro
de emergência. O povo se aglomera a espera.
“Tem que rever isso aí" - diz
Jair. .
Desemprego, filas.
Espetáculo diário.
Um menino pede colo.
Uma mulher respira pouco.
O estudo é virtual. Não tem
espaço na casa.
Pequena, distante, uma menina não
alcança o livro, não alcança Wi-Fi. Chora de fome.
Preto pobre favelado no quarto apertado
não há possibilidades de yoga. Muitas angústias.
Meninas amontoadas sonham com chocolates.
Sem chances.
Alguém avisa que o resfriado é sério.
De repente o número de casos aumenta.
Cidades reabrem “serviços essenciais”
“É. Mais vale uns bons CNPJ do que
esses CPF”.
Enquanto isso...
“Tá lá um corpo estendido no chão”!
Em vez de reza, uma praga de alguém.
“E o silencio servindo de amém”
Eu observo a tragédia. Não é um
pesadelo qualquer. Tá pesado. Tá puxado.
No puxadinho das quebradas, viaduto,
luto...
O país anda triste todos os dias.
E chora nossa pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses... No solo do
Brasil.
Mas o povo tem que continuar.
Não sei até quando.
* Esta crônica foi uma releitura da
obra de Aldir Blanc. Compositor e cronista brasileiro. Morreu dia 4 de maio.
Vítima da Covid 19.
*Ilustração: banco de imagens públicas.
Atenção: 1- título do texto: Trecho da música " O bêbado e a equilibrista" de Aldir Blanc e João Bosco.
2- Referências inseridas ao longo do texto: " "Tá la o corpo estendido no chão"- Da música- De frente pro crime- de Aldir Blanc e João Bosco.
3- Chora a nossa pátria mãe gentil, choram Marias e Clarices no solo do Brasil- Música: O bêbado e a equilibrista.
domingo, 17 de maio de 2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
quarta-feira, 6 de maio de 2020
NEM RAINHA NEM SANTA>> Sandra Modesto
Mãe não é só mãe...
Antes
da barriga
Antes
do coração
Antes
do leite escorrendo no peito
Da
mamadeira esterilizada
Noites
mal dormidas
Receitas
de sopinhas
As
mães são mulheres.
Com
o papel da maternidade o desejo sexual é meio esquecido. Quiçá, muito
esquecido.
MINHA
MÃE FAZIA SEXO
Então...
Quando
descobri que minha mãe transava
Eu
era crescidinha. Beirando 16 anos.
Isso
já tem muito tempo. Mas a descoberta foi antológica.
Por
algumas noites eu percebi a porta do quarto dos meus pais fechada.
Foi
aí que atinei...
“Minha
mãe dá para o meu pai”! Ela não é santa? Rainha do lar? Protetora das crias?
Controladora das menstruações das filhas?
Acho
que este texto vai dar o que falar.
Pois
é...
Acesse o link e leia na íntegra. Minha crônica de hj. No Jornal de Caruaru.
https://jornaldecaruaru.com.br/2020/05/cronica-do-dia-nem-rainha-nem-santa-por-sandra-modesto/
domingo, 3 de maio de 2020
A DOR DA GENTE >> Sandra Modesto
Biblioteca virtual do Elicer Minas
https://elicer.com.br/_escritores/sonhos-e-perdas-e-outros-contos/
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Uma poesia minha pra recomeçar! No mesmo sol No mesmo sol da manhã surgia a dor quente. No mesmo sol que a dor esquentava o dia cor...
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Crônica de hoje. No meu no seu nos nossos... #Petiscosdedomingo Pai, cadê você? Hoje eu não vou te dar um beijo. Nem um abraço...
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Minha crônica de hoje. Link abaixo: http://www.cronicadodia.com.br/2020/09/arrasta-me-sandra-modesto.html