sexta-feira, 3 de março de 2017

Meus CEM ANOS DE SOLIDÃO

CIEN ANOS DE SOLEAD (título original)
CEM ANOS DE SOLIDÃO- Gabríel Garcia Márquez
"Estirpe de solitários para qual não será dada uma segunda chance sobre a terra".
O romance por si só, constitui-se de um gênero literário mais substanciado, elucidando fatos que permeiam o contexto. A narrativa é mais prolongada. Com uma descrição detalhada quer do espaço em que se passa a história, quer nas características físicas e psicológicas das personagens. Eu senti isso ao me deparar com cada página.
Em Cem anos de solidão, o autor colombiano, Gabriel Garcia Márquez, é imbatível ao nos deixar surpresos com o narrativo mítico de Macondo (Nome fictício do lugarejo do universo da história).
A grandiosidade da história fez com que eu percebesse muitos traços de jornalismo. O que me encantou muito.
A família Buêndia que tem como patriarca, José Arcádio e a matriarca Úrsula, levam a história marcada por intertextos bíblicos, exaltado pelas passagens de Êxodo e Gênesis. Seria completamente impossível, não se identificar com o pudor feminino, o machismo, traições, superstições, luta pela terra, doenças, mortes, perdas e conflitos. De geração em geração, os anos vão decifrando mensagens, todos os personagens são principais. O livro é construído exaltando todos os que viveram os "Cem anos de solidão". Tornando o enredo rico e caracterizado nos pormenores de pessoas e acontecimentos. Os usos e costumes dos ciganos e suas solidões levam a história sozinha. Permitindo uma leitura instigante e referendada.
A vida dos ciganos e o que cerca esse universo mítico me fez relembrar muitos acontecimentos e isso me assustou e ao mesmo tempo me fez viajar na minha geração e estirpe. Todavia, por aqui, os ciganos eram pessoas marcadas por preconceitos. Cresci ouvindo que ciganos eram pessoas feias, mal cheirosas, preguiçosas e tudo o que havia de ruim em um povo. No entanto, na minha genealogia o casamento entre primos, a cura pela fé, e a cartomancia, existiam, existiram, existem. Fatos que nunca esqueci. Não completamente.
Eu confesso que a leitura, me deixou um pouco culpada. O motivo é pelo simples fato de só agora ter me defrontado com a história.
Não sou mais excluída. Eu li CEM ANOS DE SOLIDÃO.
Nos meus antepassados eu preciso ter sido uma Buêndia. Uma Modesto em Macondo.
Agradeço a leLIVROS por conceder-me a liberação da leitura eletrônica. Não foi fácil ler tão devagar, uma vez que os epilépticos não podem ficar por muitas horas frente ao computador. Mesmo assim, foi incrível. Vou reler sempre que quiser. E já pedi no formato impresso pela estante virtual. Até para escrever tudo que estou publicando nesse momento, eu tive que dar um tempo. Realmente eu não posso brincar com a medicina. Por favor, uma erva!
São seis horas e trinta minutos de uma sexta-feira, dia três de março de 2017.
Posso ser feliz! Háhá! Com informações importantes:
O livro foi publicado em 1967. Ganhou o prêmio Nobel em 1982.
Tradutora da edição lida por mim: Eliane Zaguery.
Editora: Record- Rio de Janeiro e São Paulo.
Gabriel Garcia Márquez foi escritor, jornalista, editor, ativista político.
Descobriu que queria ser escritor, depois que leu, - A Metamorfose de Franz Kakfa.
O livro não foi o preferido do autor, revelando que preferia "O outono do Patriarca".
Gabriel (Meu amigo íntimo. Risos.), foi considerado o melhor contador de histórias do século xx. "O contador de histórias solitárias".
"São os solitários que se espalham e espalham por mais de cem anos pelos Macondos de todo o mundo."
O autor nasceu em Aracataca, Colômbia. Morreu em 17 de abril de 2014. No México.
Existe no jornalismo líbero americano, o prêmio Gabriel Garcia Márquez.
Países Iberos- americano: Argentina, Bolívia, Costa Rica, Cuba, Chile, República Dominicana, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México.
Em 2004, Ivana de Siqueira, foi a responsável pela criação da OEI, Organização dos estados Ibero-americanos. O objetivo? Promover e divulgar os autores.
  Em 2017, o MINC cortou bolsas de até setenta e cinco por cento do valor do curso para os brasileiros que passavam pelo processo seletivo da escola, EICTV- referência no ensino de audiovisual do mundo vista como melhor escola da área na América latina. Fundada em 1986 teve como pioneiro e principal investidor, quem? Gabriel Garcia Márquez.
O corte foi uma estupidez desse governo da insensatez (opinião minha). E lá se foi o fim da parceria entre Brasil e escola de cinema de Cuba.  Preconceito, não? Eu entendo assim.
Detalhe: A primeira edição do livro com dedicatória foi roubada em uma bienal.
Boa noite , partiu; Macondo.
Sandra Modesto.

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