domingo, 13 de setembro de 2020

A capital do arroz acabado >> Sandra Modesto


 O arroz acaba.

Nos almoços de todos os dias

No prato de muitas famílias

O arroz acaba.

Aos domingos seguidos de uns dias pra cá

Arroz e feijão descombinados

Na feira do mercado não cabem o arroz, o feijão, o tomate colorido.

O preço sobe. A fome aumenta. As famílias cansadas e tristes

Não há mais o que fazer.

Nem arroz a gente não tem hoje?

_ Não, meus filhos.

O preço do arroz não cabe no poema

Não cabe no poema

O preço do arroz.

"Nasci nos anos sessenta. Ituiutaba era considerada a "Capital do Arroz"

Mas tudo acaba.

O arroz no prato também.

Restou uma saudade na tela da TV

http://g1.globo.com/minas-gerais/videos/t/todos-os-videos/v/cultivo-de-arroz-segue-como-tradicao-em-ituiutaba/6730806/

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