Um
dia desses, senti saudades de um texto escrito há algum tempo. O título do
danado eu não sabia. Lembrei-me de um pedaço. Pesquisei e lá estava ele.
Quentinho, no frescor do prenúncio de uma tarde, alegre, densa, nesse turbilhão
de emoções envolvido por todas e todos nós.
ERA
SÁBADO
Há
tempos ela estava sozinha. Recriando alguns trechos comendo sonho comprado na
padaria da esquina.
Apesar
do gosto amargo dos dias... Intercalou doçura, rasgos e seguiu. Nessa metade do
ano.
Era sábado. As lojas
comerciais abertas, homens comprando ramalhetes de flores. Mulheres escolhendo
camisetas lisas, cuecas, sapatos de verniz. Os detalhes das pessoas desistindo
dos preços, a sensação do não presentear.
A calmaria foi movendo a
cidade. A praça principal refletia o adeus solar. Apenas algumas pessoas
observando os cenários. Fernanda e Pedro esbarraram um no outro...
_ Oi, desculpa, eu sou
meio distraída.
_ Não foi nada,
imagine.
_ Pedro.
_ Fernanda.
Era sábado... Temporada
de inverno quase chegando, e, no era uma vez, uns passos de diversidade. Imersos
desafios. A vida tomava o silêncio, os corações bebiam de tudo o que há nessa
vida.
Fernanda amava Teresa e
Pedro amava Joaquim.
A cidade amanheceu. Igrejas
lotadas, promessas a Deus dará.
“Abri o jornal, pausei
pra fazer xixi”.
Do lado de cá, estou
eu...
“Ah, se houvesse zero
Homofobia.”
Do lado de fora, nas
casas, nas ruas, na vida, o amor segue como instituição de família tradicional.
Ainda há muita luta pra fortalecer o arco- íris.
Que ele- O Amor! Desenhe
os dias.
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