sábado, 19 de junho de 2021

domingo, 13 de junho de 2021

ERA SÁBADO


 










Um dia desses, senti saudades de um texto escrito há algum tempo. O título do danado eu não sabia. Lembrei-me de um pedaço. Pesquisei e lá estava ele. Quentinho, no frescor do prenúncio de uma tarde, alegre, densa, nesse turbilhão de emoções envolvido por todas e todos nós.

ERA SÁBADO

Há tempos ela estava sozinha. Recriando alguns trechos comendo sonho comprado na padaria da esquina.

Apesar do gosto amargo dos dias... Intercalou doçura, rasgos e seguiu. Nessa metade do ano.

Era sábado. As lojas comerciais abertas, homens comprando ramalhetes de flores. Mulheres escolhendo camisetas lisas, cuecas, sapatos de verniz. Os detalhes das pessoas desistindo dos preços, a sensação do não presentear.

A calmaria foi movendo a cidade. A praça principal refletia o adeus solar. Apenas algumas pessoas observando os cenários. Fernanda e Pedro esbarraram um no outro...

_ Oi, desculpa, eu sou meio distraída.

_ Não foi nada, imagine.  

_ Pedro.

_ Fernanda.

Era sábado... Temporada de inverno quase chegando, e, no era uma vez, uns passos de diversidade. Imersos desafios. A vida tomava o silêncio, os corações bebiam de tudo o que há nessa vida.

Fernanda amava Teresa e Pedro amava Joaquim.

A cidade amanheceu. Igrejas lotadas, promessas a Deus dará.

“Abri o jornal, pausei pra fazer xixi”.

Do lado de cá, estou eu...

“Ah, se houvesse zero Homofobia.”

Do lado de fora, nas casas, nas ruas, na vida, o amor segue como instituição de família tradicional. Ainda há muita luta pra fortalecer o arco- íris.

Que ele- O Amor! Desenhe os dias.


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