Vigésimo primeiro dia...
Meu filho convidou para
assistirmos "O Poço”
Play na Netflix e o filme começou.
Ficamos sentados lado a lado.
15 minutos e ele pausa.
_ O que você entendeu até agora?
Olhei para o teto, para as paredes. "Para tudo
que eu quero sumir daqui”. Pensei apavorada.
_ Fala mãe.
Lasquei:
É uma crítica social. É a cobrança da sociedade, do
sistema?! (ai)
Isso, mãe.
Prosseguimos com o filme. Às vezes eu não entendia
nada, de repente, sim. E vamos que vamos!
O Poço terminou.
_ Bem interessante Gabriel. Mas tem muita gente que
me disse que o filme era ruim. Só que não...
“Mãe, esse
povo é muito ligado em números de prêmios do Oscar, o elenco tem que ser
famoso”. Mas você entendeu a importância do filme? Nos leva a refletir sobre
várias situações.
- Nossa! Refleti bastante.
Fui ao fim do poço e voltei...
Mas...
Quem mandou educar um filho dialogando sempre?
Resultado: É um questionador.
Vigésimo segundo dia...
Pesquisei alguns filmes pra eu assistir. Na Netflix, não!
Mas minha filha acordou me indicando vários. Eu: Ah, tá, vou assistir. Vou
assistir.
Sentei na rede que fica na área de serviço. Adoro balançar na rede. Desde
criança. Mal comecei a espairecer, mandei as costas na churrasqueira, a danada
caiu. O carvão se espalhou pelo chão, varri, catei, limpei com o pano molhado,
respirei.
Nesse ínterim, a Carla:
_ Mãe, essa mesa aqui ocupando espaço. Pode doar.
Também acho. Já queria há muito tempo.
Cinco minutos depois...
_ Já falou com alguém, mãe?
Vou falar. Calma, Carla. Tem muita gente que precisa de uma mesa assim. Você
tem razão.
Meu marido preparou o almoço. A Petra e o Lacan se estranhando. (Petra é um
buldogue e o Lacan um vira latas).
Depois fizeram as pazes.
Resolvi fugir um pouco do
noticiário. E do nada, eu documentei um pouco da minha quarentena.
Aguardando o vigésimo terceiro dia.
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