sexta-feira, 31 de março de 2017

Um texto e um poder feminino!






Ela chegou sozinha, disposta a conquistar sonhos, não revelados por muitos anos. Era clara a decisão, transparente a ocasião, nada ou. Chegou revelando emoção.
 Foi direta ao ponto, mostrando carinhos, lábios, arrepios e calafrios.
Ele chegou meio sem jeito, com um nó peito. A despeito de encontrá-la tão diferente pensou em desistir de tudo, mas, no fundo sabia... Isso jamais aconteceria. Tudo era quase nada do que ainda queria sentir ao lado de alguém, e o alguém, era ela.
Pensando em tudo que viveram no passado, ela se fez toda ela. Disse de tudo, do mais profano ao profundo, do mais quente ao insolente, parecia quem nem era ela, e sim, alguém que não conhecia.
Ele ficou assustado, mas, logo, logo, espalhou amor que andava preso. Beijou como nunca antes.
Desencantou até o romance mais meloso, um olhou para o outro e queriam mais. Fizeram mais. Suaram mais. Mais uma vez, perfeito para quem desejava há dias... Meses? Anos? Horas? Não sabiam mais. Apenas sentir o gosto dos sentimentos.
- Eu sempre tive certeza dessas nossas travessuras... Quero assustar minha alma.
- Calma, agora, não tem mais desculpas, temos que assumir nossa culpa e navegar até quando o mar secar.
Ele e ela formaram "nós", elos, tão belos.
Nada mais interessava. A vida descruzada com o tempo? O tempo perdido após tantos anos? Tantos fatos?
O ato estava ali e tinha que ser real. Com o efeito de namoro no começo, sabores, sensações indecifráveis que só os apaixonados sabem descrever. O resto? Proibido saber.
Ele abriu o espumante, ela deu uma olhadinha na taça, encarou-o com os olhos felinos.
Naquele momento, ele se lembrou de uma certeza: Ela apreciava ainda, e como! Um copo duplo de cerveja. Com espuma.
Plumas dos travesseiros voaram em meio a tanto sabor.
Calor de corpos, água salgada escorrendo matando saudades.
Verdade! Depois de tantas despedidas, sempre às escondidas, sem nunca irem embora, ela e ele ainda eram os mesmos.
Sentiam os mesmos absurdos, beijos que transitam entre o desejo e o susto do cotidiano. Notas de um soprano.
Sem medo... Promessas eternas. Sem hora certa.
Vontade que o sentimento nunca mais se acabasse. Os devorasse. Enfim a sós!
Ela e ele... Eram apenas fragmentos de eterno amor.
Amor em nós.
 Sandra Modesto


domingo, 19 de março de 2017

Meus prêmios.

Oie! Recebi no mesmo dia, via e-mail duas mensagens. A de que um dos meus textos, foi selecionado. Outra que tinha sido classificada em segundo lugar na categoria, crônica, num mega concurso.
A gente se fala...
Abraços e segue vida!
https://youtu.be/XumGlYF9hj8








sexta-feira, 3 de março de 2017

Meus CEM ANOS DE SOLIDÃO

CIEN ANOS DE SOLEAD (título original)
CEM ANOS DE SOLIDÃO- Gabríel Garcia Márquez
"Estirpe de solitários para qual não será dada uma segunda chance sobre a terra".
O romance por si só, constitui-se de um gênero literário mais substanciado, elucidando fatos que permeiam o contexto. A narrativa é mais prolongada. Com uma descrição detalhada quer do espaço em que se passa a história, quer nas características físicas e psicológicas das personagens. Eu senti isso ao me deparar com cada página.
Em Cem anos de solidão, o autor colombiano, Gabriel Garcia Márquez, é imbatível ao nos deixar surpresos com o narrativo mítico de Macondo (Nome fictício do lugarejo do universo da história).
A grandiosidade da história fez com que eu percebesse muitos traços de jornalismo. O que me encantou muito.
A família Buêndia que tem como patriarca, José Arcádio e a matriarca Úrsula, levam a história marcada por intertextos bíblicos, exaltado pelas passagens de Êxodo e Gênesis. Seria completamente impossível, não se identificar com o pudor feminino, o machismo, traições, superstições, luta pela terra, doenças, mortes, perdas e conflitos. De geração em geração, os anos vão decifrando mensagens, todos os personagens são principais. O livro é construído exaltando todos os que viveram os "Cem anos de solidão". Tornando o enredo rico e caracterizado nos pormenores de pessoas e acontecimentos. Os usos e costumes dos ciganos e suas solidões levam a história sozinha. Permitindo uma leitura instigante e referendada.
A vida dos ciganos e o que cerca esse universo mítico me fez relembrar muitos acontecimentos e isso me assustou e ao mesmo tempo me fez viajar na minha geração e estirpe. Todavia, por aqui, os ciganos eram pessoas marcadas por preconceitos. Cresci ouvindo que ciganos eram pessoas feias, mal cheirosas, preguiçosas e tudo o que havia de ruim em um povo. No entanto, na minha genealogia o casamento entre primos, a cura pela fé, e a cartomancia, existiam, existiram, existem. Fatos que nunca esqueci. Não completamente.
Eu confesso que a leitura, me deixou um pouco culpada. O motivo é pelo simples fato de só agora ter me defrontado com a história.
Não sou mais excluída. Eu li CEM ANOS DE SOLIDÃO.
Nos meus antepassados eu preciso ter sido uma Buêndia. Uma Modesto em Macondo.
Agradeço a leLIVROS por conceder-me a liberação da leitura eletrônica. Não foi fácil ler tão devagar, uma vez que os epilépticos não podem ficar por muitas horas frente ao computador. Mesmo assim, foi incrível. Vou reler sempre que quiser. E já pedi no formato impresso pela estante virtual. Até para escrever tudo que estou publicando nesse momento, eu tive que dar um tempo. Realmente eu não posso brincar com a medicina. Por favor, uma erva!
São seis horas e trinta minutos de uma sexta-feira, dia três de março de 2017.
Posso ser feliz! Háhá! Com informações importantes:
O livro foi publicado em 1967. Ganhou o prêmio Nobel em 1982.
Tradutora da edição lida por mim: Eliane Zaguery.
Editora: Record- Rio de Janeiro e São Paulo.
Gabriel Garcia Márquez foi escritor, jornalista, editor, ativista político.
Descobriu que queria ser escritor, depois que leu, - A Metamorfose de Franz Kakfa.
O livro não foi o preferido do autor, revelando que preferia "O outono do Patriarca".
Gabriel (Meu amigo íntimo. Risos.), foi considerado o melhor contador de histórias do século xx. "O contador de histórias solitárias".
"São os solitários que se espalham e espalham por mais de cem anos pelos Macondos de todo o mundo."
O autor nasceu em Aracataca, Colômbia. Morreu em 17 de abril de 2014. No México.
Existe no jornalismo líbero americano, o prêmio Gabriel Garcia Márquez.
Países Iberos- americano: Argentina, Bolívia, Costa Rica, Cuba, Chile, República Dominicana, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México.
Em 2004, Ivana de Siqueira, foi a responsável pela criação da OEI, Organização dos estados Ibero-americanos. O objetivo? Promover e divulgar os autores.
  Em 2017, o MINC cortou bolsas de até setenta e cinco por cento do valor do curso para os brasileiros que passavam pelo processo seletivo da escola, EICTV- referência no ensino de audiovisual do mundo vista como melhor escola da área na América latina. Fundada em 1986 teve como pioneiro e principal investidor, quem? Gabriel Garcia Márquez.
O corte foi uma estupidez desse governo da insensatez (opinião minha). E lá se foi o fim da parceria entre Brasil e escola de cinema de Cuba.  Preconceito, não? Eu entendo assim.
Detalhe: A primeira edição do livro com dedicatória foi roubada em uma bienal.
Boa noite , partiu; Macondo.
Sandra Modesto.

Biblioteca virtual do Elicer Minas

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