quinta-feira, 9 de junho de 2016

Dia, encontro, encanto.

Às vezes nem tudo parece o que aparenta...

Não é?

DIA DE "QUINTA"

Sandra Modesto

PERCEPÇÕES
- Acho que te conheço.
- Verdade? De onde?
- Não me lembro de exatamente, mas o seu jeito de olhar, seu formato de rosto...
- Sabe que também sinto que já te vi em algum lugar?
FOI NUMA QUINTA-FEIRA
O dia estava indeciso. Não sabia se chamaria o sol, ou desceria com a chuva.
Mesmo assim, os dois apareceram no mesmo lugar. Marcado por um encontro casual.
As primeiras impressões do texto, não foram reais. O casal se encontrou em um sonho.
Amanda e Armando. Eles pularam da cama, cada qual no seu local de morada, e meio assustado, tomou banho, um café carioca, e foram procurar um lugar pra entender as imagens e falas do sonho.
Foi na Quinta da Boa Vista. Tendo um cenário coberto de verde e esperança de que tudo se eterniza nesta vida nua e crua, Heitor e Fernanda...
Não sabiam o que sentiriam quando parassem de conversar e se olhassem com atenção. O passeio terminou quando:
O ECONTRO
Um esbarrou no outro.
- Oi!
-Oi!
- Tudo bem?
- Eu te conheço?
- Eu te conheço?
Risadas. Muitas.
Conversa vai, conversa vem, sentimentos embaralhados, olhares de soslaio, dúvidas e deslumbramentos.
Depois de caminharam por duas horas pelo parque, "se é que isto é verdade";
Passearam pelos jardins, falaram sobre ateus, falaram sobre a beleza do museu, da arquitetura sem fim.
Estavam no espaço aberto queriam abrir os corações, deixar fluir emoções...
Até que de repente, já exaustos de tanto mistérios, sutilezas, sorrisos e abraços fechando o compromisso do feriado, um chamado para que nunca mais se separassem; o céu mandou uma chuva inquieta, esperta e matreira. Os ânimos tipo fogueira revelaram-se fortemente.
Um namoro? Uma caminhada eterna começaria? Uma paixão desenfreada nos comoveria?
Sim! Mas mal sabiam os leitores que era só encontro como outro qualquer.
Pra história não ficar tão óbvia e com muita fantasia, saibam apenas de tudo que valia;
Heitor amava Nestor e Fernanda amava Amanda.
FINAL LIVRE
Quem quiser, não conte, não anote, dê passagem, o amor é natural, igual para todos e em rasgar diários.
Primeira história de amor.

APERITIVOS LITERÁRIOS: APERITIVOS LITERÁRIOS: Encontro, intimismo, encanto

APERITIVOS LITERÁRIOS: APERITIVOS LITERÁRIOS: Encontro, intimismo, encanto

APERITIVOS LITERÁRIOS: Encontro, intimismo, encanto

APERITIVOS LITERÁRIOS: Encontro, intimismo, encanto

Encontro, intimismo, encanto

Às vezes nem tudo parece o que aparenta...

Não é?

DIA DE "QUINTA"

Sandra Modesto

PERCEPÇÕES
- Acho que te conheço.
- Verdade? De onde?
- Não me lembro de exatamente, mas o seu jeito de olhar, seu formato de rosto...
- Sabe que também sinto que já te vi em algum lugar?
FOI NUMA QUINTA-FEIRA
O dia estava indeciso. Não sabia se chamaria o sol, ou desceria com a chuva.
Mesmo assim, os dois apareceram no mesmo lugar. Marcado por um encontro casual.
As primeiras impressões do texto, não foram reais. O casal se encontrou em um sonho.
Amanda e Armando. Eles pularam da cama, cada qual no seu local de morada, e meio assustado, tomou banho, um café carioca, e foram procurar um lugar pra entender as imagens e falas do sonho.
Foi na Quinta da Boa Vista. Tendo um cenário coberto de verde e esperança de que tudo se eterniza nesta vida nua e crua, Heitor e Fernanda...
Não sabiam o que sentiriam quando parassem de conversar e se olhassem com atenção. O passeio terminou quando:
O ECONTRO
Um esbarrou no outro.
- Oi!
-Oi!
- Tudo bem?
- Eu te conheço?
- Eu te conheço?
Risadas. Muitas.
Conversa vai, conversa vem, sentimentos embaralhados, olhares de soslaio, dúvidas e deslumbramentos.
Depois de caminharam por duas horas pelo parque, "se é que isto é verdade";
Passearam pelos jardins, falaram sobre ateus, falaram sobre a beleza do museu, da arquitetura sem fim.
Estavam no espaço aberto queriam abrir os corações, deixar fluir emoções...
Até que de repente, já exaustos de tanto mistérios, sutilezas, sorrisos e abraços fechando o compromisso do feriado, um chamado para que nunca mais se separassem; o céu mandou uma chuva inquieta, esperta e matreira. Os ânimos tipo fogueira revelaram-se fortemente.
Um namoro? Uma caminhada eterna começaria? Uma paixão desenfreada nos comoveria?
Sim! Mas mal sabiam os leitores que era só encontro como outro qualquer.
Pra história não ficar tão óbvia e com muita fantasia, saibam apenas de tudo que valia;
Heitor amava Nestor e Fernanda amava Amanda.
FINAL LIVRE
Quem quiser, não conte, não anote, dê passagem, o amor é natural, igual para todos e em rasgar diários.
Primeira história de amor.

domingo, 5 de junho de 2016

APERITIVOS LITERÁRIOS: Vida, vida, viradas.

APERITIVOS LITERÁRIOS: Vida, vida, viradas.

APERITIVOS LITERÁRIOS: Vida, vida, viradas.

APERITIVOS LITERÁRIOS: Vida, vida, viradas.

Vida, vida, viradas.

#Petiscos de domingo.

Neste domingo com inverno chegando...

Vamos saborear uma história quente?
Rapidinha...

DOIS PONTOS
Sandra Modesto.
Marcos leva Gabriel pra o banheiro e os dois brincam. O pai, de ser criança, o filho, de ser gente grande. Gabriel tinha quatro anos e já queria tomar banho sozinho. Marcos ensinava ao filho, brincadeiras como: Fazer bolhas de sabão, fingir que lavou os cabelos, deixar o corpo inteiro falar sozinho que em breve, transformações aconteceriam.
Gabriel e Marcos; A dupla do "barulho".
 E, mais um banho escorrendo infância, vida, risos a fora.
Ana chega pra dar bronca.
- Meninos! Pare de bagunça, o jantar já está servido.
Os meninos obedeciam... Meia hora depois da ordem.
- Oi, amor! Que saudades! Como foi seu dia?
- Cansativo, porém produtivo. Fechamos mais um contrato. A agência está crescendo. Feito o amor que sinto por você. Cada dia te amo mais, sabia?
Jantar a três, três amores. Um estilo de vida moderno, nos dias atuais, é comum a mulher se dedicar ao mercado de trabalho e o marido cuidar da rotina da casa. Os novos casamentos não seguem modelos pré- estabelecidos por convenções sociais.
Na manhã seguinte, Marcos e Ana acordavam juntos se beijando como se fosse à primeira vez.
Ele preparava o café, opinava sobre a roupa e o cabelo da publicitária que ele mais admirava no mercado.
Mercado? Era com ele. Uma lista bem feita e as compras eram certeiras. Tudo que cada um gostava de comer. E mais! Produtos para manter a casa em ordem, limpa e cheirosa, enfim, "um marido enviado por Deus"! (Ana dizia sempre para amigos e familiares).
Gabriel estudava em uma boa escola, já fazia natação, no próximo ano? Aprender Inglês. A agenda já ia aumentar.
Um dia o pai sentiu falta de voltar ao trabalho. Pensou que o sentimento demoraria mais a chegar, mas, chegou. Um telefonema deu um empurrãozinho à reativação do sonho. Uma empresa do setor de engenharia e arquitetura contribuiu para o concreto. Marcos havia espalhado currículos a uma enorme lista de contatos eletrônicos. O dia chegou. Sim!
Entrevistas, exames, tudo certo. Recomeço.
Ana precisou contratar uma faxineira e uma babá. Gabriel estranhou um pouco, porém logo se adaptou. Criança é bem adulta em algumas ocasiões. Não fazem bicho de sete cabeças das novas realidades.
O casal passou a viver um amor maduro, consciente, forte, "tudo tem seus momentos certos". Marcos confessou á amada. Amante. "Ficante". Estonteante...
Certa noite, Marcos estava sozinho na varanda, apreciando a despedida do sol e deparando-se com o brilho da lua que mesmo um pouco tímido, anunciava que estava pronta.
Os pensamentos agitavam as memórias do observador. Fugir?Ele ousou enfrentá-las.
Há doze anos Marcos não era de Ana:
No ponto do ônibus, Carolina esperava pra ir pra casa, depois de um longo e cansativo dia de trabalho.
Ela estava ali novamente... Igual a tanta gente.
 Muitos caminhos, e tantos desejos de um jantar quentinho. Beijinho carinhoso do filho, beijo de ngua do marido.
Aflito Marcos o via a hora de Carolina chegar.
Quando ela apontava na esquina abaixo, ele sentia o seu cheiro de jasmim, imaginava dando- lhe carinhos: Beijo no roçar da nuca, mordidas ao pé da orelha, apertos pra vibrar a emoção contida, despida de todas as emoções presas.
A pressa daquela noite estava diferente, maior e mais quente. O outono estava terminando. E Carolina, quase chegando.
Marquinhos de dois aninhos, de banho tomado, com cabelos limpinhos lavados com o xampu que Carolina pedia sempre pra comprar. O papai Marcos era muito apaixonado pela rotina da família. Sabia agradar Carolina.
A mesa estava perfeita. Arroz branquinho, feio vermelhinho, bife acebolado, saladinha, abobrinha com jiló. E só: O banquete estava feito. Os dois sempre davam um jeito de transformar o simples em luxo! Ou, valorizar o luxo nas coisas simples que a vida oferecia.
passava das onze horas, Marquinhos adormecera, Marcoso sentiu o cheiro de Carolina, beijos sem fim, que os dois trocariam. Algm bate à porta.
Marcos corre para dizer a ela da preocupação. Coloca a comida pra esquentar num piscar de olhos.
Abre o coração pra receber Carolina. Mas, ela o veio. Não era Carolina.
Pelo menos, o do jeito que Marcos sempre quis.
Era algm, Marcos não conhecia. Apenas ouviu algumas palavras que jamais esquecera;
- Senhor Marcos Santos? Só falta um corpo pra ser reconhecido. Segundo testemunhas, é o de sua mulher.
- Não, Carolina, não!
Sem Carol, Marcos teve que se armar em forças, dar amor pra Marquinhos, trabalhar sem parar para pagar a creche, comprar de tudo, viver sozinho.
Até Marquinhos deixou o pai. Uma grave doença e ele foi ao encontro da mãe... "Muitas vezes reunimos forças para que continuemos". Ou então... Superações?
- Pode ser.
Ao final:
Novos personagens. Não era Carol.
Não era Marquinhos.
Era apenas a vida, possibilitando surpresas. Quimeras.

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