domingo, 29 de setembro de 2019

Petiscos de domingo

Texto de hoje
Dia de um poema.
Talvez uma crônica.
Quem sabe?
Uma prosa poética?


DEVAGARZINHO...
Sandra Modesto
O beijo é devagarzinho
Para o amor ser demorado
O acordar é devagarzinho
Espreguiçado
Na hora de coar o café
Água quentinha espalhada pra gente ler a fumaça
Sentir o cheiro
Livro lido às pressas
Não tem graça
Perdemos sinestesia
Um dia ensolarado
Pede olhares atentos
Nos raios do sol há energia
Antes das notícias dos jornais
Prepare- se
Respire devagar
Inspire e cante uma canção desafinada
A vida é tão louca
Há sangue
Choros
 Risos
 Conquistas
 Derrotas
 Hipócritas.
“Mineiro come quietinho”
E isso é um dito popular
Não sei quem o inventou
Talvez o menino meu vizinho
Cansado querendo o pai
Choroso perdendo a mãe
Abraça a irmã e os avós
Eu largo mão da história
Coloco um som pra esquecer
Fico na dúvida entre o funk e um chorinho
DEVAGARZINHO!

domingo, 1 de setembro de 2019

Novidades das boas!

Gente, a contragosto, por dizerem que agosto não é um mês bom, o meu foi!
Vou contar:
Sou cronista de um site super foda! Recebi o convite do editor e aceitei. Minha primeira crônica foi dia 25 de agosto.
Fui selecionada para a antologia "Elas e as Letras"- Tema: Diversidade e Resistência
O livro está na fase semifinal e está lindo. Somos 30 escritoras com textos emblemáticos.
Voltei com minhas publicações no facebook. Os meus textos denominados "PETISCOS DE DOMINGO" ganhei até uma arte exclusiva para identidade visual. Hehe!

Vamos ao texto de hoje no #petiscosdedomingo

POEMA PARA SER LIDO NUM DIA QUALQUER
Hoje não. Hoje não quero me deprimir por conta do noticiário, nem me estranhar.
 Quero a doçura de um dia que há muito tempo anda amargo demais.
Hoje não. Preciso ler livros em paz. Sem alardes. No devagar de uma rede me identificar com personagens, conversar em silêncio.
Hoje quero ouvir meus CDS, DVDS, assistir aos filmes prometidos e que me esperam.
Chega de tantas saudades de mim.
Escrevi este texto pra falar que meu presente é viver.
Pensei em fugir do meu escrito. Só que não deu. Quando eu fujo é um flagelo. Se alguém me chama não presto atenção. Carrego alguma culpa? Hoje não.
Cantora doida que sou, faço uma capela ao pé da letra.
 “Se eu quiser falar com Deus tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós” (Gilberto Gil)
 Afinal,
“Amanhã vai ser outro dia” (Chico Buarque)
Vai!

Sandra Modesto


Biblioteca virtual do Elicer Minas

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